Dar uma volta no shopping e sair sem nenhuma sacola de compras, mesmo que você não esteja precisando de nada, parece algo impossível de acontecer? Cuidado, esse pode ser um sinal de oniomania, ou compulsão por compras, que já é considerada uma doença. “As compras excessivas passam a ser consideradas doença quando começam a representar um prejuízo financeiro ou emocional, influenciando no dia-a-dia de maneira significativa e acabando por prejudicar a rotina. Quem tem compulsão compra de tudo, sem se fixar a um produto específico. Inicialmente o comprador compulsivo sente prazer na hora das compras, mas com um tempo começa a criar desculpas para justificar as compras e num estágio mais avançado da doença essas ações passam a gerar um sentimento de culpa. Nesse momento é preciso procurar ajuda psicológica”, diz a psicóloga Luciana de La Peña, do Espaço Trocando Ideias.
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Estudos recentes constataram que 90 a 95% dos compradores compulsivos são mulheres. A psicóloga diz que isso se deve a aspectos culturais, já que biologicamente não existe nenhuma explicação. Normalmente, a pessoa viciada em compras não identifica a situação como um problema. Pelo contrário, costuma negar, dar justificativas e até mesmo brigar com quem esta mostrando o problema. Nesses momentos, é importante a ajuda da família, que poderá indicar um tratamento com psicoterapeuta e psiquiatra. Mas tem que partir da própria pessoa querer se tratar.
O nome ‘oniomania’ vem do grego onios, que significa à venda; e mania, que é insanidade. “Esse é o termo técnico para o desejo compulsivo de comprar, mais comumente conhecido como síndrome do comprar compulsivo”, explica a psicóloga. O problema costuma aparecer na idade adulta e atinge tanto mulheres de classes mais altas quanto mais baixas. “O comportamento se caracteriza por uma pressão interna que ocorre em determinadas situações, quando a pessoa é tomada por um desejo muito forte de realizar uma ação que gera prazer principalmente nos estágios iniciais, mas que depois provoca um imenso sentimento de culpa”.
O tratamento é feito através de sessões de psicoterapia individual ou em grupo e tratamento medicamentoso. A psicóloga ressalta que cada caso é um caso e deve ser avaliado individualmente.
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